Etapas

Serão cerca de 10 etapas, aqui está uma lista possível:
Etapa 1: Saint-Jean-Pied-de-Port - Cizur Menor (80,0 km)
Etapa 2: Cizur Menor - Logroño (88,5 km)
Etapa 3: Logroño - Belorado (69,8 km)
Etapa 4: Belorado - Castrojeriz (86,2 km)
Etapa 5: Castrojeriz - Sahagún (88,4 km)
Etapa 6: Sahagún - León (72,5 km)
Etapa 7: León - Rabanal del Camino (68,1 km)
Etapa 8: Rabanal del Camino - Pedrafita do Cebreiro (82,9 km)
Etapa 9: Pedrafita do Cebreiro - Portomarín (70,2 km)
Etapa 10: Portomarín - Santiago de Compostela (91,8 km)

domingo, 21 de junho de 2009

Algumas imagens que ficam na nossa memória

Subida aos Pirinéus

Vista dos Pirinéus

Puente la Reina

Logroño

Catrorejiz

Cruz de Hierro

El Cebrero

Etapas Reais


Etapa 0: Saint-Jean-Pied-de-Port - Roncesvalles (22,7 km)
Etapa 1: Roncesvalles - Puente la Reina (63,3 km)
Etapa 2: Ponte de la Reina - Logroño (66,3 km)
Etapa 3: Logroño - Belorado (70,2 km)
Etapa 4: Belorado - Fromista (112,0 km)
Etapa 5: Fromista - Mansilla de las Mulas (93,6 km)
Etapa 6: Mansilla de las Mulas - Murias de Rechivaldo (70,4 km)
Etapa 7: Murias de Rechivaldo - Cacabelos (62,7 km)
Etapa 8: Cacabelos - Sarria (70,8 km)
Etapa 9: Sarria - Santiago de Compostela (106,0 km)
Etapa 10: Santiago de Compostela

No GPS marca:

Km's Totais: 813 km
Velocidade Máxima: 62,0 km/h
Deslocação média: 12,5 km/h*
Média Geral: 9 km/h
Tempo de Deslocação: 66h 17m
Tempo Parado: 22h 44m
Ascenção Total: 12.516 m
Elevação Máxima: 1517 m
* esta deslocação média corresponde à descolação média em andamento. A que fomos apurando em cada etapa corresponde à deslocação total média por etapa, ou seja, com contabilização dos tempos parados.

Dia 10 - Santiago de Compostela

Dia 9 - Sarria

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 106,0 km

Tempo: 12:32:34

Velocidade média: 6 km/h

O dia começou bem. Tinhamos tido uma noite muito boa, sem roncadores. Desta vez ficamos um pouco mais no descanso e partiriamos apenas às 9:30 hora local, o que já é muito tarde para um peregrino.

Depois de mais um bom pequeno almoço, o objectivo era de ficarmos o mais perto possível de Santiago. No entanto, e devido à maior parte da fase final da etapa não ter tido qualquer suporte de albergues em que podiamos ter ficado, acabamos por chegar a Santiago, já noite, exaustos, cansados da etapa que considerámos a mais dura. Foi de extrema emoção, pois chegar a Santiago depois de uma viagem épica como esta não nos faz indifirentes, especialmente depois do grande esforço desta última etapa.
O caminho é todo ele bem suportado por albergues e locais de acolhimento. Mas estranhamente, a parte final não é, inclusivé já em Santiago foi-nos dificíl encontrar um albergue.
Esta etapa, ao contrário do que poderia parecer pela altimetría, foi das mais duras. Tivemos muito mais acumulado de subida do que nas etapas anteriores onde subimos aos 1400m de altura. Apesar de não termos subido tão alto, subimos e descemos muito, e isso faz toda a diferença. Ora subiamos, ora desciamos, num sobe e desce constante até Santiago.
Queriamos ter parado a 30km de Santiago, foi quando percebemos que não tinhamos albegue onde ficar, e decidimos continuar, apesar do esforço já realizado. E foi quando perecebemos que teriamos mesmo de ir até ao fim da viagem, desta viagem, até Santiago.
Chegamos e percebemos que Santiago já não acolhe o peregrino como era suposto, o trânsito, o percurso é todo ele realizado com muitos obstáculos, e receptividade nenhuma. Foi algo triste pensar que no fim do caminho, existe o contraste total do acolhimento que recebemos sempre até ali.
Ainda fomos ao sitío onde passam as credenciais do peregrino, mas devido ao adiantado da hora, já se encontrava fechado.
Chegamos um dia antes do previsto, isso dar-nos-ia mais uma dia de descanço já em Santiago.
Não temos ainda palavras para descrever o todo disto tudo, mas ficará para um próximo post.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dia 8 - Cacabelos

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 70,8 km

Tempo: 11:43:22

Velocidade média: 6 km/h

Hoje foi mais um dia duro. Durissímo para dizer o menos. Com um calor abrasador tivemos de novamente subir a montanha, e que montanha. Fomos a mais de 1400 m outra vez, mas desta vez ainda mais inclíninado do que ontem, sempre pelo caminho.
Muitas vezes cruzamos peregrinos em bicicleta que o fazem por estrada normal, digamos que é bem mais fácil. Mas quisemos assim, passar pelo caminho. Aquele onde milhares de peregrinos já puderam passar de forma a chegar a Santiago.

Encontramos um casal de canadianos que estava a fazer o caminho com o seu filho de 10 meses. Acreditem. Se para nós é dificil, para eles é heroico. É simplemente incrível como alguém pode fazer um caminho desta dimensão e dureza com um filhote de 10 meses com toda a logística que isso acarreta.

Hoje tivemos mais furos, e mais subidas. A subida foi longa e bastante dura, a mais dura até ao momento. resta-nos saber que não vamos ter mais subidas destas até ao final desta peregrinação. Queriamos ter chegado o mais perto possível de Santiago, mas devido à exaustão, chegamos até uma pequena cidade de nome Sarria. Ficamos a sensivelmente 130 km de Santiago.

O caminho nesta altura é algo que não conseguimos explicar devido ao desgaste físico e emocional que estamos a viver. A verdade é que nem nós temos a verdadeira noção do que estamos a viver. Penso mesmo que só o tempo um dia nos poderá mostrar a verdadeira dimensão do mesmo. Agora, ainda é demasiado cedo para percebermos o que nos está a acontecer. A verdade é que o cansaço muitas vezes tolda-nos os pensamentos, e por vezes a objectividade vai-se com a mais simples das perguntas.

Passamos por descidas vertiginosas e por vales verdejantes onde a natureza mostrava toda a sua exuberância, desde rios com fortes correntes de água em muitas cascatas, até ao verde das árvores que muitas e muitas vezes nos cobriam.

Resta-nos esperar que hoje possamos, pelo menos hoje, dormir bem. Os 'roncadores' têm sido o nosso maior problema no descanso, e isso afecta em muito a nossa energia no dia seguinte.

Buen Camino Peregrino.
Santiago está perto.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dia 7 - Murias de Rechivaldo

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 62,7 km

Tempo: 11:29:16

Velocidade média: 5 km/h

Começamos o dia com um bom 'Desayuno', tinha de ser. A etapa para hoje não se apresentava fácil. Contavamos subir a primeira montanha das duas que temos de subir até Santiago.

Após percorrermos grande parte do caminho em piso rolante, começamos a subida. Ao contrário do que estavamos à espera, e apesar de termos subido aos 1500 m, a subida foi aceitável.

A descida, nem por isso. Tivemos um terreno cheio de xisto e pedras duras. Uma das bicicletas cedeu e tivemos de fazer mais uma paragem para mais uma soldadura, desta vez foi num dos suportes. Isto denota bem a dureza deste caminho e o que muitas vezes temos de superar para continuar. Felizmente conseguimos em 'Ponteferra' encontrar um soldador que nos ajudou e nem cobrou nada por isso.

Um dos aspectos mais importantes desta viagem é o descanço. Mas sinceramente nem sempre é possível. Ficamos alojados em Albergues. E nos albergues encontramos os chamados 'rocadores'. Ou seja, traduzindo para portugês, os que ressonam. E são muitos. Uma destas noites eram tantos que perfaziam uma verdadeira sinfonia. E foi das noites mais mal passadas. Isso acareeta um desgate maior para a etapa seguinte.

Fora estes pequenos contratempos, a verdade é que têm sido uma experiência incrível. No entanto, para quem a pretende fazer de bicicleta, dois conselhos:

- uma boa bicicleta com bons componentes (fortes e capazes de aguentar a maior das pancadas)
- mais dias, para poderem usufruir verdadeiramente do caminho

A verdade é que passamos muitas vezes por trilhos lindissímos, onde para quem pratica bicicleta todo o terreno, é de facto a grande experiência. Por outro lado, requer muita prática, ou o que eu designo por técnica, pois os trilhos muito técnicos são mesmo muito técnicos. Por isso, muito cuidado.
Estamos quase em Santiago. Já se sente a emoção no ar. As pessoas pelas quais temos passado já só falam disso. De quantos km's ainda faltam para Santiago. A verdade é que são verdadeiros heróis todos aqueles que pensam ou fazem este caminho.

Ontem, soubemos duma senhora de 85 anos que estava a fazer o caminho com um dos seus sobrinhos. É muito duro, mas para ela, era mais uma das etapas da sua vida.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dia 6 - Mansilla de las Mulas

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 70,4 km

Tempo: 09:35:30

Velocidade média: 7 km/h

Acabamos de passar em Astorga. Assim, acabamos de passar a fase mais monótona da viagem. São muitos e muitos km's em linha recta sem grande motivo que nos faça desejar passar por tudo outra vez. Esta fase é muito extenuante e cansativa.

Para amanhã reserva-nos mais montanhas, finalmente. Podemos dizer que foi uma fase muito terrível que tivemos de superar. As dores acumulam-se por todo o corpo. O cansaço não nos deixa muitas vezes ver a beleza deste caminho. Vamos começar a subir a 1400 m e se tudo correr bem vamos começar a apreciar belas paisagens, tais como nos Pirinéus, que foi sem dúvida a melhor das etapas.

Hoje passamos por Leon, mas infelizmente não tivemos muito tempo para apreciar a cidade e a sua imponente catedral. Tivemos de conseguir um soldador para soldarmos uma das escoras da bicicleta, tal é a dureza do caminho.

Escoras soldadas, novo caminho 'adelante'.

Como estamos numa pequena localidade com pouca rede, não podemos hoje actualizar o perfil da etapa, fica para amanhã.

Hoje um chinelo e um livro fizeram alguns peregrinos voltarem para trás. Noutro dia foi um dos nossos telemóveis. Por vezes temos de voltar atrás e repetirmos o caminho. Assim se o constrói.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia 5 - Fromista

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 93,6 km

Tempo: 14:29:22

Velocidade média: 6 km/h


Estamos a meio caminho. Cada dia é uma aventura. Percorremos cerca de 150 km com um raio partido. Hoje conseguimos finalmente encontrar (depois de 150 km's) uma oficina de bicicletas em Carrión de los Condes.

Bicicleta reparada e podemos continuar. Uma sugestão que contraria um comentário anterior. Quem quiser fazer o caminho (e não por estrada) têm de trazer uma boa bicicleta de todo o terreno. O tipo de piso nas primeiras etapas com todas as pedras não permite que nenhuma bicicleta de ciclo-turismo possa passar por ali sem ter qualquer tipo de problema técnico. Assim como os componentes, são essenciais que sejam de grande qualidade e que possam ser substuídos. Algumas peças de substituição são aconselhadas. O esforço físico é muito intenso, especialemente porque são muitas horas a andar, isto claro para quem pretende fazer o caminho em 10 dias. Penso que o aconselhável será fazer em mais dias.

Estamos em Mansilla de las Mulas. Falta mais uma etapa antes das montanhas. Amanhã será dia de irmos devagar para que possamos recuperar.

Obrigado por todos os comentários, é um ânimo que temos em continuar. Não deixa de ser curioso que a palavra que mais se escreve em todo o caminho é precisamente 'Animo'. Serve para quem pretende desistir que possa seguir. Desistir não faz parte da nossa vontade, apesar do corpo por vezes ceder ao extremo cansaço a que está a ser sujeito.

O nosso objectivo, chegar a Santiago.

A nossa obrigação. Viver cada dia como se fosse único.

Dia 4 - Belorado

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 112 km

Tempo: 11:33:36

Velocidade média: 10 km/h

O dia hoje começou muito bem. O tempo estava óptimo, as nuvens mantinham o fresco da manhã e o vento soprava baixinho. Apesar de tudo, esta etapa foi muito dura, foram cerca de quase 120 km em grande andamento. Passamos a maior parte do tempo em caminhos indetermináveis onde a nossa vista apenas alcançava a linha do horizonte.

Tivemos uma subida inicial muito intensa que se transformou depressa em planície. Por muitos e muitos km's. Chega a ser estenuante percorrer esta parte do caminho em bicicleta, quanto mais a pé. Não imaginamos o que pode ocorrer na mente dos peregrinos que vão a pé. Passámos por centenas deles que percorrer centenas de km's onde apenas a monotia do horizonte é contrastada com o estado tempo. Paciência. É a palavra que mais procuramos e é a que menos temos à mão. Porque essa se perde rapidamente.
Por fim chegamos a Burgos. A catedral de Burgos é um dos expoentes máximos do Gótico. É muito imponente. E pensar que há milhares de anos os peregrinos passavam por aqui. E pensar que toda esta catedral foi construída com pedra.

Depois de muito andarmos chegamos a Fromista, uma pequena localidade. Ficamos num albergue simpático e a chuva prometia.

Deixo-vos uma pequena nota daquilo que podemos aprender neste caminho. Aprendemos que por muito que possamos andar depressa, haverá sempre alguém que anda mais devagar que nós e alguém que anda mais depressa que nós. No fim, fica apenas a experiência do que cada um pode tirar. E estas são sempre diferentes dependendo do ponto de vista de quem as têm. Por mim, sinto que 10 dias é infinitivamente pouco para se fazer de bicicleta. É uma imposição que nos obriga a rolar e com isso perdemos algo, mas não temos aqui opção. Vemos muitos peregrinos que debaixo de uma árvore lêem algumas páginas de algum livro sobre a história deste caminho e fico por vezes a pensar, o que poderá estar ele a ler, sairá certamente mais rico em termos culturais, mas tempo é a medida de cada um de nós na história que nos acontece. A nossa apenas permite 10 dias para este caminho, e serão esses que iremos disfrutar... ao máximo que conseguirmos.

sábado, 13 de junho de 2009

Dia 3 - Logroño

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 70,2 km

Tempo: 15:11:28

Velocidade média: 5 km/h


Hoje o dia foi de mais e mais calor. Foram litros e litros de água que se beberam. Apesar de tudo, a parte da manhã foi de grande velocidade por trilhos grandes e longas descidas que fizeram as delícias de andarmos rápido e com grande segurança. Passámos por cada vez mais peregrinos. São centenas que cruzamos no caminho.
Temos quase concluído 1/3 do caminho. Para quem não sabe, o trilho é composto de 3 fases:
- O Caminho da Purificação (que vai até Burgos)
- O Caminho da Morte (que vai até Artoga)
- O Caminho da Vida (que vai até Santiago)

O Caminho da Purificação está por isso quase concluído.

Era para termos chegado a Burgos, mas infelizmente um pneu furado e um raio partido, assim como o calor, não permitiram que lá chegassemos. Ficamos em Belorado e estamos num albergue com piscina. Vai ser difícil sair daqui com este calor :)

Têm sido uma viagem dura, não o podemos negar, mas têm sido apesar de tudo uma viagem fantástica onde podemos apreciar a beleza das coisas mais elementares da vida. A alegria dos peregrinos, a partilha do espaço, a natureza transposta pelo homem, o verde dos campos, o azul do céu, a luz do sol, a transparência da água, a arquitectura dos monumentos, e claro... o caminho. Aquele que nunca mais acaba. E que não queremos que acabe sem primeiro desfrutarmos dele.

"Não sonhes a tua vida, vive o teu sonho."

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia 2 - Ponte de la Reina

Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 66,3 km

Tempo: 13:09:41

Velocidade média: 5 km/h

Queremos primeiro agradecer as mensagens de apoio. É sempre muito agradável saber que temos o vosso apoio. Obrigado.

Já temos algumas fotos que podem ver em cada dia, bastando clickar nos vários links de cada mensagem.
Hoje foi um dia muito difícil. Estamos ainda em aprendizagem. Percorremos muitos km's em intenso calor. Percorrremos imensos km's com centenas de peregrinos pelo caminho. Depois de termos acordado bem cedo pelas 6:00 partimos e foi uma viagem de cerca de 13 horas, em sitios com extrema dificuldade. Recomendo vivamente a quem não tenha prática em trilhos técnicos a preparar bem esta viagem. Fazê-lo pelo caminho é muitas vezes dificíl e requer muita pericía.
Apesar de não termos subido muito alto, o caminho desta etapa foi realizado num autêntico sobe e desce. Esperamos amanhã ter um dia mais fácil. Contudo, estamos no destino previsto, o que não é mau. Podia ser pior. Bem, as dores acumulam-se, mas pode ser que passem. :)
As saudades é que vão crescendo. Estamos com muitas saudades dos nossos, no entanto, a troca de mensagens e de telefonemas é por vezes um importante apoio.
'Buen Camiño Peregrino'

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dia 1 - Roncesvalles


Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 63,3 km

Tempo: 10:18:50

Velocidade média: 6 km/h


Este caminho mostra de facto a plenitude que para todos significa. É um caminho que se faz caminhando. No nosso caso de bicicleta. Temos encontrado imensos peregrinos que por umas razões ou por outras percorrem esta via. Uma via para uma peregrinação que se faz pessoal a cada um de nós. Temos encontrado gente de todo o mundo, desde o Canadá à Korea, passando pelo Chile.

Hoje foi dia de grandes descidas, imensas, de grandes single tracks maravilhosos que puderam fazer a nossa adrenalida subir ao máximo. Sempre com a maior das cautelas, não vamos querer prejudicar o resto do caminho. Paragem em Arrebia para uma reparação rápida numa loja de bicicletas e lá vamos caminhando. Foi dia de grande calor. O protector solar é recomendado. Perdi o meu sao cama e a minha toalha, dificuldades que o caminho nos apresenta para podermos reflectir no quão importante são esses objectos.

Chegamos a Ponte de la Reina, uma vila bonita, pequena mas simpática.

Importantes peças na bicicleta são o descanço (dá imenso jeito), bons travões, bons suportes de alforges, e bons pneus, de trail de preferência. Foram muitas a pedras que tivemos de subir e descer durante esta parte do percurso.

As saudades começam a existir de uma forma intensa. Mas sabemos que tudo está bem e por isso gardamos o momento do reencontro para o regresso nque poderá ser mais cedo do que esperariamos.

Por último, começamos a perceber a mística do caminho. é um caminho de reenconto. Com a vida, com a alegria de podermos saborear o mais básico da nossa existência. É simplemente fantástico.

Para as nossas famílias, um grande beijinho. Vamos regressar em breve.

p.s. ainda não podemos fazer o upload das fotos, fica para a próxima

p.s.2 um muito obrigado à dona do netbook, dá imenso jeito ;)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia 0 - Saint Jean Pied de Port


Podem ver mais imagens deste dia aqui.

Distância: 22,7 km

Tempo: 9:51:50

Velocidade média: 2 km/h



Chegamos a Hendaye na hora prevista. No entanto, devido ao facto do TGV não permitir levar as bikes, fomos 'obrigados', para não perdermos muito tempo, a apanhar um taxi para Saint Jean Pied de Port. Isso deu-nos mais um dia. Como a vontade de partir era muita, decidimos fazer desde logo a viagem até RoncesValles. Foi a melhor opção.

Primeiro, porque foi necessário afinar as bikes. O comportamento das mesmas deve ser testado exaustivamente de forma a potenciar uma condução segura. Por exemplo, a distribuição de carga é muito importante.

Segundo, porque realizamos a parte mais dificil para o percurso do primeiro dia, que é tão somente a subida dos Pirinéus. Esta fez-se com muito esforço, especialmente porque fazia muito vento e frio. Subimos com muito esforço aos 1400 metros de altitude. Foram apenas 30 km, mas muito duros.

Na descida contamos também com vários problemas técnicos numa das bikes, que com a ajuda de muitos arames lá se conseguiram ultrapassar. Teremos no entanto de parar em Pamplona de forma a visitar uma oficina para resolver o arranjo (definitivamente?).

Fica prometido para a próxima algumas fotos, e informações desta etapa. O jantar foi delicioso (qualquer coisa seria) e pudemos confratenizar com muitos dos peregrinos que fazem a viagem a pé vindos de todos os pontos do globo (Chile, Autrália, Hungria, Inglaterra, etc...).

Amanhã espera-nos um outro dia.

terça-feira, 9 de junho de 2009

No comboio para Saint Jean Pied du Port


Apanhamos o comboio na hora prevista. Tivemos a nossa família que nos acompanhou. Foi extraódinário. Sentir que partir é levar connosco a vontade de voltar o mais rápido possível. Mais importante é sentir o apoio que nos deram. É sempre um misto de vários sentimentos, mas também uma oportunidade que se faz única de fazermos esta viagem. Agora, no comboio, resta-nos apreciar a paisagem e deixar que a carruagem nos leve ao destino da partida, Saint Jean Pied du Port.
Hoje antes da partida, ainda deu tempo para comprar uma cobertura contra a chuva para proteger os alforges. É sempre melhor prevenir no caso de termos fortes chuvadas.
O revisor do comboio foi simpático e reservou-nos um compartimento para levarmos as bicicletas. Uma está acondicionada num saco, a outra (a minha) foi na caixa que o Marco me conseguiu disponibilizar. Digamos que podia estar melhor acondicionada (as rodas estão ligeiramente de fora da caixa), mas para o efeito que é serve perfeitamente. Vamos jantar no comboio e depois dormir até chegarmos ao destino.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

1 dia para a partida

Amanhã dia 9 será o dia da partida. Comboio marcado para as 16:06 em Sta. Apolónia. Consegui em ultimo recurso uma caixa de transporte para a bicicleta, graças ao meu amigo Marco. Poupa-me os 70 euros de uma saco de viagem para a bicicleta, e mais importante, não terei de o carregar durante a viagem, ainda são cerca de 3 kg. Por isso, transportarei a bicicleta na caixa e depois basta deixar num papelão ;). Serão 24 horas de comboio. E se tudo correr bem, quinta-feira estaremos a rolar para a primeira etapa. Deixarei aqui as primeiras fotos e o relato do que julgo ser uma grande aventura, uma grande viagem, especialmente interior.

sábado, 6 de junho de 2009

Preparativos Finais

Está quase. Depois de começar a arrumar alguma roupa e componentes de substituição, digo que não falta muito para estar pronto para a partida. Últimos preparativos, tais como fixar o suporte de um dos dois bidons de água que vou levar, fixar o suporte GPS, fixar o suporte da lanterna posterior de presença, e pôr as pilhas na lanterna traseira, enfim... pormenores. Mas que no essencial vão permitir que tudo esteja pronto. Terça-feira, partimos de comboio, falta comprar bilhete (vamos ver se não há surpresas), e quarta chegamos a Saint Jean Pied du Port se tudo correr bem. Quinta estaremos a rolar... Yupi!!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Quase a 100%

Quase a 100% para a partida. A recuperação correu relativamente bem. Tudo indica que vai mesmo ser o previsto. Resta ainda pequenos preparativos. Não sabemos ainda como vamos transportar as bicicletas no comboio. A CP obriga a acondicionar as bicicletas em sacos o que obriga a desmontar as mesmas. A questão é saber se depois a montagem corre como o previsto sem qualquer dano. Por outro lado é mais um saco (de acondicionamento) a comprar e mais um saco com algum peso a transportar na viagem sem necessidade. A ver vamos...
Já comprei um saco cama. Também compramos duas bandeirinhas portuguesas, afinal de contas, vamos em nome do nosso país. Com muito orgulho.
Espero sinceramente na próxima semana estar de partida. Até lá!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Graves Sintomas

A apenas uma semana do inicio da viagem eis que estive à beira de um esgotamento físico e nervoso. Digo-vos, não é agradável. Apesar de já me sentir a recuperar, a verdade é que pura e simplesmente a minha 'máquina' desligou. Assim, sem pré-aviso. O acumular de várias tensões fez de repente com que desligasse. Foram demasiadas coisas em tão curto espaço de tempo. O calor também ajudou. E agora? Agora tudo vai depender da reacção e recuperação que tenha até à partida. Neste momento está tudo em aberto. Não quero desistir, mas também não quero ser louco ao ponto de ir num estado debilitado. Vamos ver como vou recuperar.